CAE – Costurando a chegada até aqui

Nossa jornada até o CAE (Curso Avançado de Escalada) começou no CBM (Curso Básico de Montanhismo) quando ouvimos falar e fomos levados, pelos já formados, para escalar. A partir desse momento almejamos ser o primeiro na cordada.
Com o fim do CBM e a fissura máxima para explorar cada via na cidade maravilhosa,  passados alguns meses e algumas escaladas, recebemos a notícia que estavam abertas as inscrições para o CAE 2016. Na hora, algumas coisas passam pela sua cabeça: Como será a prova? Estou preparado? 
Superando qualquer dúvida que assombrasse minha mente, me preparei, peguei dicas e fui fazer a prova. Tensão máxima! Parecia que estava na parede escalando um lance trash, mas no final é sobre tudo aquilo que você aprendeu e será muito necessário para aproveitar esse esporte tão maravilhoso que é a escalada. 

Aprovado !! É hora de acordar cedo, juntar novos parceiros(a) , explorar o que é a escalada guiando. Realmente é outra escalada, muito melhor!!! Curso curto, mais prático, tudo que a gente queria. Logo na primeira aula prática aprendemos a posicionar a costura, montar a parada, escape de parada, reduzir fator de queda, guiando em horizontal, ascender com fita, tudo isso em uma parede pequena e sempre com o acompanhamento de algum guia!
Em seguida fomos escalar. Agora sim, escolher a via, planejar a atividade e efetivamente escalar. Bate forte a emoção, escolhemos a via paredão Coloridos – a Vermelho – e foi um sucesso. Tivemos mais uma aula no campo escola de procedimentos e, por último – para mim a mais temida – aula de móveis. Essa aula nós realizamos na falésia dos orixás, refúgio de beleza natural, bem na beirinha da água, colocando peças pela primeira vez – difícil confiar logo de cara mesmo sabendo que o equipamento é seguro – mas com uma corda colocada de cima amenizou essa questão.

Foi na escalada em móvel que a coisa realmente ficou assustadora. Fomos para o Babilônia e entramos no bonito Diedro Pégaso, com certo grau de dificuldade. Mesmo procedimento, corda de cima , mas agora era escalar colocando as peças e costurando a corda. Confesso que foi o momento mais difícil para mim! Passamos por mais essa etapa, superando o medo de móveis – pois já escalei com móveis depois disso – e agora era pegar o diploma e cair na pedra (sem trocadilhos).

Essa aventura foi apenas o começo de uma trajetória de nove novos PDC’s (primeiros de cordada) do Guanabara da turma de 2016. Esses meninos e meninas que eram aspirantes agora estão aptos e confesso que adoramos ralar nossos dedos – por vezes a mão inteira – nas vias desse mundão.
Quero deixar um agradecimento especial aos nossos guias que demonstram sempre muita capacidade e disposição para nos ajudar !!

Alex Costa

(CBM/2016 e CAE/2016)

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